Alex Gonçalves
O Projeto Lei Maria do Rosário 2654/2003 que puni os pais por corrigirem seus filhos com castigos físicos, está em tramitação no Congresso Nacional. A alteração da lei do ECA (Estatudo da Criança e do Adolescente) prevê que crianças e Adolescentes não devem ser submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos.
Não sou a favor da violência e nem mesmo dos tão conhecidos castigos praticados por muitos pais. Repugno atitudes como beliscões, gritos, empurrões e surras com fios, canos, varas e puxões de orelha ou cabelo. A violência doméstica é mais comum do que se pode imaginar. São homens e mulheres que despreparados psicologicamente geram filhos resultantes de relações efêmeras ou frutos de estouros da Vênus. Estão na maioria ainda na puberdade, e postulam o direito de serem donos de seus corpos e do seu espaço.
Os novos adultos escolhem o tipo de sexo através de adornos coloridos pendurados no braço, matam aulas, agridem professores, fumam crack, maconha e se prostituem sob todas as formas. São jovens linkados com o mundo cyber e desconectados com a prática responsável diária. Namoram virtualmente e se infectam presencialmente. Alguns são instruídos, têm carros, outros moram em casas multicoloridas sem quintais ou vista para o mar. Diante de tantas infrações seria a palmada um crime?
A correção, função dos pais é questionada. Caberá então a igreja dar religião, uma vez que ela também sofre as fragilidades da carne? Caberá então a escola, dar educação, ensinar que negros, brancos, pobres, ricos, jovens e idosos, têm o mesmo direito, porém, asilos e calçadas dizem o contrário? O que dizer então das condições mínimas de sobrevivência da grande maioria brasileira? Estaria o estado e a polícia capacitados o bastante para criar a esperteza necessária para viverem no país do cara? Acredito que criaremos uma nação de Herodes.